Por Patricia Jacob*
Mês de Julho normalmente traz grandes preocupações para os pais: as crianças saem de férias, mas a maioria dos pais normalmente estão no pique normal de trabalho. E mesmo as mães donas-de-casa se vêem “enlouquecidas” tendo que ter as crianças dentro de casa o dia todo, sendo que é um mês difícil de programar viagens ou passeios diferentes como no final de ano.

As crianças adoram a vinda das férias, mas sempre esperam programas extravagantes, diversões mil e se frustram quando percebem que isso não vai acontecer. Ficam “perdidos” dentro de casa, reclamando de tudo e muitas vezes os pais, para compensar essa frustração dos filhos ou até por comodismo, acabam dando à criançada férias dos limites e dos cuidados dos pais também! Então eles podem fazer absolutamente tudo o que querem: ficar na internet 6 horas por dia, dormir a uma hora da manhã, ir a casa de amiguinhos e voltar a hora que quiserem, dormir até as duas da tarde e não almoçar com a família como sempre acontecia…

Não podemos deixar isso acontecer! Os horários para TV, computador, video-game, etc, podem ser prolongados sem problemas, mas nunca liberados completamente; a criança que ia à aula cedinho pode dormir até mais tarde, mas nunca a ponto de perder alguma rotina que fazia parte de sua vidinha.

Temos que manter em mente que eles estão em férias escolares, mas que mesmo assim precisam da rotina e das obrigações de sempre (com exceção das da escola, é claro!). E o tempo vago eles vão preencher com o descanso, brincadeiras saudáveis, muito convívio com a família, muita conversa, algum “trabalho” de casa em que ajudem o pai e a mãe. Nada que os sobrecarregem, pois realmente precisam descansar e relaxar, mas nada de transformar as férias em um “mar de prazeres” somente, que vai levá-los a pensar que nas férias vivem um verdadeiro paraíso e no período escolar vivem uma tempestade de frustrações e obrigações.

*Patricia Jacob é psicóloga formada pela USP-SP.

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