Por Patricia Jacob*
Uma boa auto-estima significa que você se gosta do jeito que é. Você se vê como uma pessoa amada e capaz. Quando você se gosta, você tem mais confiança na sua habilidade de se relacionar com as pessoas, de correr riscos, fazer decisões e escolhas. A baixa ou alta auto-estima tem muitas causas e influências. Uma das influências mais poderosas vem das pessoas à nossa volta. Suas palavras gentis, elogios, expressões de credibilidade e afirmações positivas engatilham nossos bons pensamentos sobre nós mesmos. E por outro lado, o sarcasmo, críticas não construtivas, ridicularização e implicância podem diminuir nossa auto-estima.

Nosso cônjuge, que normalmente é uma das pessoas mais significativas em nossa vida, se torna bastante “poderoso“ no quanto podem ou não afetar nossa auto-estima. Quando compartilhamos muito tempo juntos, passamos a conhecer nosso parceiro mais que qualquer outra pessoa. Conhecemos os segredos, fraquezas, preocupações, inseguranças e vulnerabilidades um do outro. Então é crucial que ambos compreendam esse “poder“ e o utilizem de forma positiva.

Judith Viorst em seu belíssimo livro ‘Perdas Necessárias’ diz assim: “Conhecendo muito bem meu marido, sei exatamente quais os calos em que devo pisar para ofendê-lo. Sei também como acalmar, alisar e fazer as coisas agradáveis. E, embora se pense que esse conhecimento deva manter meus dedos longe dos botões que criam problemas, permitindo a nós dois uma espécie de paraíso conjugal, não é assim que o meu casamento –ou a maioria dos casamentos- funciona“.

Temos todas as ferramentas necessárias, conhecemos os botões corretos, então porque não começarmos a usá-los? Maridos e esposas podem aprender mais sobre como fortalecer um ao outro: podem dizer menos palavras que machucam e mais palavras que ajudam.

E além disso, ajudar nosso cônjuge a ter uma auto-estima boa tem um ótimo efeito em nossas próprias vidas. Quanto mais ajudamos nossos parceiros, melhor ele/ela se sentirá e mais ele/ela vai querer nos ajudar também com palavras gentis. Quem é que não gosta de uma palavra carinhosa, de um elogio? Lembrem-se: quanto mais damos, mais recebemos! Vamos começar a praticar agora mesmo…? Boa sorte!

 

*Patricia Jacob é psicóloga formada pela USP-SP.

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